Ditadores da alma
Que legislam sobre tudo
Impõem vossas leis
Sobre o coração de todos
Ninguém escapa
O jovem ou o maduro
Sofrem os vossos ditames
Vossos reféns são todos os homens
Submeteis a razão
Fazeis dela vossa escrava
Já destronastes príncipes e reis
Já derrotastes vigorosos combatentes
Já confundistes até os sábios e inteligentes
Invasores da alma
Derrubastes os muros tantas vezes
E invadistes o castelo
Abatendo, triunfante,
As torres de vigia
Numa guerra covarde
Uma cavalaria imponente
Pisoteando as almas vacilantes
Não te importas com o choro dos inocentes
Tampouco com a dor das mulheres
O que queres mais?
Já provastes que podes muito
Levas teu prisioneiro ao paraíso
Ou aos submundos infernais
Em teu nome gente comum já foi herói
E o homem bom ficou cruel
Embebeda a todos
Com teu mel
Com teu fel
Quantos fortes
Viram fantoches em vossas mãos?
Qual o preço da vossa servidão?
Será o amor, o rancor
O ódio ou o perdão?
Quem sois?
Hora anjos, hora demônios?
De onde vens?
Habitais hora no Éden, hora no Hades?
Frutificais alegrias e sofrimentos
Os homens vos chamam de SENTIMENTOS
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