segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Sobre a Relevância do Ministério Pastoral



O crescente processo de banalização do ministério pastoral, por conta dessas igrejas que "produzem" pastores do mesmo jeito que se produz coca-cola, sem falar nos famosos maus exemplos, tem levado os pastores sérios a uma preocupação muito grande com sua relevância social. Alguns, em nome da relevância, buscam abrigo na vida acadêmica, sendo pastores inteligentes, com mestrado e doutorado. Outros, também em busca de aumentar a dignidade e prestígio público de seu ofício preferem se engajar em projetos sociais, abraçando o ativismo político e social.
Nada contra, desde que as qualidades fundamentais do ministério pastoral não se percam. O pastorado é, antes de tudo, uma vocação divina (Efésios 4.1). E a missão primordial do pastor é se dedicar à oração e ao ministério da Palavra (Atos 6.4).
Respeito aqueles que pensam que um pastor hoje precise ter uma outra profissão, a fim de não ser enquadrado no grupo dos oportunistas. Mas penso que não é isso que dará (ou devolverá) a dignidade do ministério pastoral no Brasil hoje, inclusive entre a população mais jovem e altamente escolarizada.
Creio que a relevância do ministério pastoral está justamente na sua dimensão espiritual, no seu fator divino, como muito bem expressa Eugene Petterson no seu precioso livro "A Vocação Espiritual do Pastor". O chamado pastoral é muito específico e não deve ser confundido com o papel de um administrador, de um assistente social, de um psicólogo ou de um Coach.
Portanto, pastores, busquem a relevância de seus ministérios naquilo que é próprio da vocação pastoral: expor fielmente toda a Escritura, orar em favor dos homens e viver de modo digno.

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